TCTH na pandemia: confira entrevista do Dr. Fernando Barroso na TV Abrale

Neste vídeo da TV Abrale, nosso diretor, Dr. Fernando Barroso, que é Chefe do Serviço de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Universitário Walter Cantídio, falou sobre como está o tratamento dos pacientes oncológicos durante a pandemia e como está o cenário dos transplantes de medula óssea com a questão da Covid-19.

Para assistir, clique no vídeo abaixo e acesse o canal da Abrale no youtube

Prof. Dr. Ricardo Pasquini apresenta 1ª aula do Programa Jovem Transplantador

“A introdução do TCTH na prática médica foi condutora de grandes avanços na medicina e de maior impacto na área da Hematologia no que se refere a biologia celular, a fisiopatologia das hemopatias e a terapêutica, reduzindo drasticamente a mortalidade e a morbidade de muitas doenças hematológicas.

Trecho da Aula de Prof. Dr. Ricardo Pasquini, que inaugurou hoje, 20/07, o Programa Jovem Transplantador da SBTMO

Com mais de 700 inscritos, teve início hoje, 20/07 o Programa Jovem Transplantador da SBTMO. Para inaugurar as aulas com chave-de-ouro, o primeiro professor convidado foi o Prof. Dr. Ricardo Pasquini. Desbravador do TMO no Brasil, o especialista é reconhecido mundialmente por suas contribuições no campo do TCTH.

Nesta noite, Prof. Pasquini compartilhou virtualmente com todos os alunos não apenas saberes e experiências acumuladas em sua trajetória, mas também, revelou sua perspectiva para o futuro do TCTH.

Além de reconhecer a terapia celular como um terreno fértil e promissor, Prof. Pasquini elencou alguns dos pontos que compreendem ser cruciais para o porvir:

* Expansão do número de leitos para atender a  demanda (transplantes mais complexos)

* Implementar com urgência o registro compulsório de dados relacionados aos resultados do TCTH.

* Desenvolver estudos prospectivos para analisar questões próprias de nosso contexto.

* Centralização, padronização de testes mais sofisticados para disponibilizá-los a nossa clientela

* Criar oportunidades para que os médicos jovens possam ampliar e aprofundar sua competências.

* EDUCAÇÃO CONTINUADA

Prof. Pasquini respondeu a perguntas sobre passado, presente e futuro da especialidade. Ao final, como mensagem para os jovens transplantadores, Prof. Pasquini deixou um conselho, que também um dia o inspirou, de autoria de Maxwell M. Wintrobe (Hematology the Blossoming of a Science – 1985):

“Meu conselho a eles é de seguir suas inclinações, submeter-se a riscos e, se necessário, suportem certas adversidades e não devem aceitar sem questionar conselhos contrários vindos daqueles supostamente mais informados. 

 Apesar de tudo que aprendemos, há muito para descobrir. Novas perguntas surgem e poucas são respondidas.

Pode se comparar pesquisa com o escalar de montanhas, quando se alcança um pico se descortinam outros novos picos. Algumas vezes é necessário descer para o vale e a seguir poder atingir novo cume.”

Além do Prof. Pasquini, participaram da 1ª aula, o coordenador do Programa, Dr. Fernando Barroso; o presidente da SBTMO, Dr. Nelson Hamerschlak, a diretora da Sociedade, Dra. Carmem Bonfim; e, uma surpresa especial para nosso professor, seu filho, o Dr. Marcelo Pasquini, que é diretor científico sênior no CIBMTR.

Programe-se: na próxima semana será realizada a 2ª aula do Programa Jovem Transplantador. Ao final do curso, os alunos inscritos poderão rever as aulas on-demand, que ficarão disponíveis no site da Sociedade.

Confira mais informações em nosso site aqui

Dra. Carmem Bonfim é eleita vice-presidente do LABMT

A especialista, juntamente com Fernando Barroso, passa a representar a SBTMO no grupo latino-americano


A hematologista e transplantadora brasileira, Dra. Carmem Bonfim, acaba de ser eleita vice-presidente do LABMT (Latin American Bone Marrow Transplantation Group). A votação que culminou na escolha da especialista como vice do colombiano, Dr. Amado Karduss-Urueta, ocorreu no início da tarde desta quinta-feira, 15 de julho, via zoom.

Além de Dra. Carmem, a SBTMO também estará representada pelo Dr. Fernando Barroso. Nos últimos anos, o país e nossa Sociedade já foram representados no LABMT por nomes como de Dra. Adriana Seber, e Dr. Luis Fernando Bouzas, que já ocuparam a presidência do grupo em gestões anteriores, e Dr. Leonardo Arcuri, tesoureiro da diretoria em atual exercício.

Atualmente, Dra. Carmem integra a diretoria da SBTMO (2018-2021), diretora do programa de TCTH pediátrico no Hospital Pequeno Príncipe, Professora do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Paraná e Médica do Hospital Nossa Senhora das Graças. Já Dr. Barroso é atual tesoureiro e próximo presidente da Sociedade. O especialista é chefe da equipe de Transplante do Hospital Universitário Walter Cantídio (Universidade Federal do Ceará – UFC Professor de Transplante de Medula Óssea UFC Coordenador da Residência Médica de Hematologia e TMO do Hospital Universitário Walter Cantídio (Universidade Federal do Ceará – UFC).

A nova gestão Grupo será oficializada no dia 9 de outubro, durante a Sessão Conjunta SBTMO-LABMT do Congresso SBTMO 2021

A SBTMO agradece a atual diretoria do LABMT, na figura do Dr. Sebastian Galeano, por todo apoio e parceria nos últimos anos e parabeniza Dra. Carmem e Dr. Barroso como os novos representantes de nossos País no Grupo Latino-Americano de TCTH. Acreditamos que ambos poderão dar continuidade a este relacionamento que há entre SBTMO e LABMT.

Na foto (sentido horário): Carmem Bonfim, Fernando Barroso, Sebastian Galeano (atual presidente LABMT) e Amado Karduss-Urueta (próximo presidente LABMT). Imagem reprodução zoom meeting.

Nova oportunidade de Inclusão no Registro Multicêntrico de TCTH

Todos os centros brasileiros interessados poderão ser integrados ao projeto já nesta próxima emenda que será submetida ao CEP proponente do estudo
 
Até o dia 16 de agosto é possível manifestar o interesse em ingressar no estudo “Registro multicêntrico de Transplantes de Células – Tronco Hematopoéticas (Registro Multicêntrico de TCTH) autólogos e alogênicos para doenças malignas e não malignas realizados no Brasil e relatados no Center for International Blood and Marrow Transplant Research (CIBMTR)” e, com isso ser contemplado já nesta próxima emenda do projeto, que será submetida ao CEP proponente do estudo para, então, seguir à apreciação da CONEP e dos CEPs locais.
 
Para iniciar o processo, clique aqui e preencha a ficha de cadastro para obter os dados dos centros e CEPs, para fazer a inclusão no estudo.

Você deve enviar uma mensagem manifestando o interesse também para o e-mail: registrobrasileiro@sbtmo.org.br
 
Os centros participantes já estão sendo certificados pela Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea (SBTMO), com o apoio do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Até o momento, 26 serviços dos 56 que integram o Programa já receberam a certificação.
 
Sobre o Registro: iniciativa da SBTMO, em parceria com o CIBMTR, que conta com o apoio do SNT, o propósito do Registro consiste em contribuir com a concepção de um panorama do TCTH nacional, gerando dados tanto para SNT quanto para o Registro Brasileiro de Transplantes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e Tecidos (ABTO).
 
Você pode inclusive conferir os primeiros resultados gerados por meio deste projeto, que tem possibilitado conhecer melhor o cenário brasileiro do TCTH. (acesse aqui)
 
Para se ter uma ideia, só em 2019, 63% dos dados publicados no RBT foram provenientes desses centros que fazem parte do estudo e que usam o CIBMTR como base de dados

 Leia também: Em franca expansão, Registro Brasileiro de TCTH conta com mais 22 novos centros transplantadores, totalizando 57 serviços reportando seus dados 

Inscrições Abertas

No próximo dia 6 de maio, às 19h, você é nosso convidado para participar do webinar SBTMO: “Registro Brasileiro de TCTH: o que descobrimos com os 1ºs resultados gerados e por que reportar dados”. As inscrições estão abertas e são gratuitas. Garanta sua vaga aqui

Na programação, teremos:

19:00 às 19:10 – Abertura e apresentação do Projeto Registro Multicêntrico

Nelson Hamerschlack – investigador principal do Projeto

19:05 às 19:30 – Apresentação Resultados preliminares do Projeto “Registro Multicêntrico”

Anderson Simione e Cinthya Correa

(Grupo de Trabalho de Gerenciadores de Dados da SBTMO)

19:30 às 19:45 – Por que submeter dados ao Registro Multicêntrico Brasileiro e reportá-los ao CIBMTR?

Nelson Hamerschlak

Fernando Barroso

19:45 – 20:00 – Perguntas e Respostas

O que esperar do webinar?

Se você alguma vez se perguntou: “por que coletar e transferir dados para registros nacionais e internacionais é tão importante”, poderá encontrar respostas aos seus questionamentos durante este webinar.

Iremos apresentar os primeiros resultados do projeto “Registro multicêntrico de Transplantes de Células – Tronco Hematopoéticas (TCTH) autólogos e alogênicos para doenças malignas e não malignas realizados no Brasil e relatados no Center for International Blood and Marrow Transplant Research (CIBMTR)”.

Idealizado pela Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, em parceria com o CIBMTR, a iniciativa tem como propósito desenvolver um Registro Brasileiro de Transplantes de Medula Óssea, que poderá inclusive gerar dados para o Sistema Nacional de Transplante (SNT) e, também, para o Registro Brasileiro de Transplantes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e Tecidos (ABTO), possibilitando o acesso a um panorama do TCTH nacional.

Por que reportar dados?

A análise regular de dados em um serviço de transplante de células-tronco hematopoieticas, bem como o envio às bases de dados nacionais e internacionais é essencial tanto para a manutenção da qualidade da prática de um centro, quanto para que seja possível compreender o real cenário do TCTH no Brasil. 

Até o momento já há 26 serviços nacionais ativos no Registro que foram certificados pela SBTMO com anuência do SNT por depositarem seus dados. Estes centros fazem parte de um grupo de aproximadamente 380 centros de outros países e reportam seus dados ao CIBMTR, constituindo juntos uma base composta por dados de mais de 540 mil pacientes. 

Se você ainda não faz parte do Projeto, converse com o grupo de Gerenciadores de Dados da SBTMO e saiba o que é preciso fazer. Basta enviar um email para registrobrasileiro@sbtmo.org.br

SBTMO 25 anos: Vídeo-Depoimentos

Em 15 de abril de 2021 nossa Sociedade completou 25 anos. Para relembrarmos como tudo começou e compartilhamos algumas de nossas conquistas ao longo deste período, convidamos os presidentes da SBTMO para contarem por meio de vídeos-depoimentos momentos que marcaram nossa história, desde a sua fundação até as perspectivas futuras.

Convidamos a assistirem os materiais em nosso canal do youtube ou abaixo.

Prof. Dr. Ricardo Pasquini (presidente SBTMO – gestão 1996 – 1998)

Dr. Daniel Tabak – 2º presidente da SBTMO de 1998-2000 e de 2000-2002

Dr. Wellington Azevedo – 3º presidente da SBTMO, esteve à frente da entidade nos anos de 2002-2004 e 2004-2006

Dr. Luis Fernando da Silva Bouzas  – 4º presidente da SBTMO – de 2006 a 2009

Dr. Vergílio Colturato (Presidente SBTMO 2015 – 2018)

(confira a íntegra do depoimento aqui)

 Confira também nossa ata de fundação e saiba mais sobre o Projeto SBTMO 25 anos: uma Sociedade feita de histórias 

SBTMO realiza o 2º webinar sobre Tuberculose em TCTH

Encontro acontecerá dia 18/05, às 19h. Inscrições abertas
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Já estão abertas as inscrições para o 2º webinar sobre Tuberculose no TCTH, que acontecerá no dia 18 de maio, a partir de 19h.
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O encontro contará com a seguinte programação:
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1. Apresentação das Práticas sobre a TB nos centros de TCTH – Dra. Clarisse Machado – infectologista
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2. Manejo da Tuberculose ativa em TCTH – Dra. Jéssica Ramos – infectologista
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Garanta sua vaga aqui https://bit.ly/3w0TGfg
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O encontro é voltado aos médicos e membros de equipes multidisciplinares e conta com o apoio educacional da Qiagen.
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Na ocasião, serão apresentados os resultados do levantamento inédito “Tuberculose no TCTH”, realizado recentemente com serviços de TCTH.

Covid-19: confira 9 recomendações para a imunização em receptores de TCTH

Imunossuprimidos começam a ser vacinados contra a Covid-19 no Brasil em maio

A vacinação contra COVID para os grupos de pessoas imunossuprimidas, o que compreende os pacientes transplantados de órgãos sólidos e medula óssea (com idades entre 18 a 59 anos) teve início no Brasil neste mês de maio em diversas regiões do País.

Confira 9 recomendações para a imunização em receptores de TCTH elaboradas por Clarisse Machado, médica infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Células Tronco (SBTMO): ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

1) Os receptores de TCTH devem ser vacinados com qualquer uma das vacinas contra a Covid-19 aprovadas e disponíveis no Brasil;

2) Os receptores de TCTH ou responsáveis devem estar atentos às orientações das secretarias de saúde da região para saber as datas da vacinação contra a Covid-19;

3) Nesse momento, recomenda-se priorizar a vacinação contra a Covid-19 e aguardar pelo menos 2 semanas para a administração das demais vacinas do programa de revacinação pós-TCTH;

4) Recomenda-se o acompanhamento cuidadoso e próximo dos pacientes, uma vez que algumas das plataformas de vacinas disponíveis (vetor viral não replicante e vacinas de mRNA) nunca foram usadas em pacientes transplantados;

5) Receptores de TCTH que tiveram Covid-19 anteriormente devem aguardar 90 dias para receber a vacina;

6) As vacinas contra a Covid-19 devem ser administradas a partir do 6º mês do TCTH, quando a resposta aos anticorpos é melhor. Em regiões com taxa de transmissão acelerada, a vacinação pode começar a partir do 3º mês do TCTH;

7) A presença de DECH não impede a vacinação, exceto por DECH aguda grave e não controlada de grau III-IV. Em outras situações de DECH, o seguimento cuidadoso é aconselhável para avaliar a ocorrência de exacerbação de DECH;

8) Os pacientes que receberam anticorpos anti-CD20 devem adiar a vacinação por 6 meses após a última dose. Em outras circunstâncias, esperar 3-6 meses após o final da quimioterapia para receber a vacina contra a Covid-19;

9) De acordo com orientação da Anvisa, recomenda-se aguardar 48h para a coleta de células tronco-hematopoieticas em doadores que receberam vacina inativada (Coronavac) ou 7 dias para vacina mRNA (Pfzer-BioNtech) ou de vetor viral não replicante (Oxford-Astrazeneca);

Fonte: Clarisse Machado – médica infectologista e membro da SBTMO, responsável pela elaboração das recomendações sobre imunização contra Covid-19 em receptores de TCTH pela SBTMO

ANVISA autoriza a extensão de validade de lotes do medicamento Bussulfano no Brasil

Em decisão unânime, no dia 07 de junho, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), representada por sua Diretoria Colegiada liberou em caráter excepcional a extensão da validade do Bussilvex injetável de 30 para 36 meses.

A decisão abrange os lotes AK6840B e AK6840B_1 que, inicialmente, teriam validade finalizada em 30 de junho e agora passam a valer até o dia 31 de dezembro de 2021.

O medicamento é fundamental na realização do Transplante de Medula Óssea (TMO), e por isso, foi alvo de um movimento conjunto entre associações médicas como SBTMO, SOBOPE E ABHH e também de pacientes que, juntos, conseguiram um desfecho positivo através de ações em redes sociais e veiculação em grandes espaços na imprensa.

A decisão marca uma nova vitória dos pacientes que aguardam por um transplante no País. As discussões acerca deste assunto tiveram início no final de  2020/ janeiro de 2021 quando a Pierre Fabre, laboratório que detém a produção deste fármaco no Brasil anunciou um possível desabastecimento.  
 

A SBTMO reitera seu compromisso com o bem-estar de seus pacientes e com o acesso a terapêuticas – como o transplante – para garantir qualidade de vida. Neste sentido, apesar da sinalização positiva, ainda se espera que os processos de validação e regulamentação deste e de outros fármacos seja facilitado e revisado pela ANVISA. Desta maneira garantiremos que estes e outros medicamentos importantes não faltem para pacientes que tem no TMO a chance de uma vida ao lado de suas famílias.

Leia o comunicado da Pierre Fabre e o documento expedido pela ANVISA clicando aqui

Pacientes com linfoma na fila para o transplante de medula correm risco de desabastecimento de medicamento

A Lomustina, fármaco com melhor desemprenho e baixo índice de efeitos colaterais será descontinuada em 2022

No último dia 17 de maio, a farmacêutica Bristol Myers Squibb emitiu um comunicado a ANVISA e entidades médicas sobre a descontinuação definitiva do  Citostal (Lomustina) no Brasil. O medicamento é indicado a pacientes com tumores cerebrais e linfoma de Hodgkin e Não Hodgkin, neste segundo com indicação para o transplante de medula óssea. A empresa alega que a decisão se baseou em um mercado com outras alternativas ao remédio e que manteria importação apenas até abril de 2022 quando permaneceriam apenas os estoques disponíveis.

A SBTMO (Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea) em conjunto com a ABRALE (Associação Brasileira de Leucemia e Linfoma), o Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC) e a SOBOPE (Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica), emitiram um ofício a ANVISA solicitando uma ação para garantir o abastecimento da Lomustina.

Os especialistas alertam que além de valor mais acessível o Citostal (10mg e 40mg), possui melhor resposta em pacientes adultos e pediátricos e, consequentemente, menor incidência de efeitos adversos (toxicidade). Desta maneira é considerado a melhor droga disponível para quem está elegível ao transplante.

“Novamente os pacientes, aqueles que não podem esperar, estão a mercê de processos burocráticos e mercadológicos se sobrepondo a vida. Não contar com a Lomustina no tratamento pode aumentar as chances de desfechos negativos para o tratamento de linfoma. Hoje não há nenhum outro fornecedor deste fármaco homologado em nosso País.” Afirma Dr. Nelson Hamerschlak, presidente da SBTMO.

Em outros países, existem apenas mais 3 fabricantes do mesmo medicamento. Por isso, caso a descontinuação venha a acontecer a solução seria ter a liberação de outros fabricantes no Brasil.

Para se ter ideia, apenas no último ano nos últimos 10 anos foram realizados 1050 transplantes autólogos – onde o doador é o próprio paciente, indicado para os pacientes com linfoma – no Brasil, segundo dados do RBTCTH (Registro Brasileiro de Transplante de Células-tronco Hematopoiéticas).

Em 2020 foram 1927 transplantes autólogos no País – segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos ABTO (https://site.abto.org.br/publicacao/xxvi-no-4-anual/).

Neste cenário adultos e crianças podem não ter acesso a um tratamento com maior índice de sucesso por conta da descontinuação da Lomustina. “Para nós, médicos, é bastante desafiador saber e conhecer alternativas comprovadamente mais eficientes e não termos as mesmas à disposição sejam em serviços públicos ou privados. É uma questão séria e generalizada” Finaliza Hamerschlak.

As entidades reforçam ainda que outros medicamentos como a Carmustina também apresentam falhas do abastecimento já há algum tempo o que compromete um número ainda maior de pacientes no Brasil.