SBTMO 25 anos: uma Sociedade feita de histórias

Foto/Acervo: Fundação da SBTMO – 1º presidente Ricardo Pasquini

Ao completar 25 anos, relembramos como tudo começou e compartilhamos algumas de nossas conquistas ao longo deste período

“Aos Quinze dias do mês de abril de mil novecentos e noventa e seis, às 14h e 10 min, na sala da Congregação da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, na cidade de Campinas – SP, reuniram-se representantes de todos os centros de transplante de medula óssea atualmente existentes no Brasil, sob a presidência do Prof. Dr. Ricardo Pasquini, chefe do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, que recebera a incumbência, por ocasião do Congresso Brasileiro de Hematologia, realizado na cidade de Águas de Lindóia – SP, de elaborar o estatuto para a Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea e de convocar esta reunião para apreciação, aprovação e fundação da referida Sociedade” (trecho da Ata oficial de fundação da SBTMO)

No dia 15 de abril de 1996, há 25 anos, a SBTMO foi fundada.

Mas, na verdade, sua criação tem início muito antes deste momento. Tudo começou ainda em 1979, com os Professores Ricardo Pasquini e Eurípides Ferreira, pioneiros do TMO no Brasil, responsáveis por introduzir o procedimento no País, cuja prática já soma mais de quatro décadas.

Desde então, a cada ano que passava a sinergia entre a comunidade de transplantadores só aumentava, culminando no anseio de haver uma entidade que os representasse e legitimasse suas ações em prol do desenvolvimento do TMO no Brasil, levando à criação da SBTMO.

Este sem dúvida é um marco para o TMO nacional, que trouxe a liderança e representatividade que contribuíram com o crescimento e fortalecimento da atividade tanto no país quanto no mundo.

Nestes 25 anos, algumas das principais conquistas que podemos citar foram:

·       Integração dos representantes dos centros de TMO

·       Desenvolvimento de estudos científicos 

·       Aquisição de uma sede própria, localizada no Rio de janeiro

·       Ampliação do número de associados

·       Criação dos membros corporativos e institucionais;

·       Estabelecimento do Título de área de concentração em TMO em parceria com ABHH;

·       Contribuições para o estabelecimento de políticas públicas voltadas à prática do TMO, como nas ações nas tratativas com o governo Federal para atualizar em 2009 as portarias e o regulamento técnico; a revisão dos valores da remuneração dos procedimentos pelo SUS; a inclusão dos transplantes na tabela da ANS para os hospitais privados alavancando o TMO na área privada;

·       Participação de membros da SBTMO em comitês, comissões, grupos de trabalho e representações nos órgãos de governo como o SNT e ANVISA;

·       Lançamento do primeiro livro texto de Transplante de Células tronco hematopoiéticas tendo como editor-chefe Dr. Júlio Voltarelli e co-editores, Prof. Dr. Ricardo Pasquini e Euza T. T. Ortega, sendo até hoje o principal documento publicado;

·       Organização da Reunião de Diretrizes (Consenso) da SBTMO que em 2020 já acumula 5 importantes documentos;

·       Fortalecimento do REDOME – Registro Voluntário Brasileiro de Doadores de Medula Óssea e suas conexões internacionais;

·       Parcerias internacionais com instituições de referência mundiais do TMO como o ASTCT, CIBMTR, EBMT, FACT e WMDA, entre outras;

·       Desenvolvimento de projetos educacionais: Encontros Regionais SBTMO, Projeto Jovens Transplantadores e Webinars

·       Realização do Congresso anual da SBTMO, que está em sua 25ª edição

·       Estabelecimento da parceria com o FACT para estimular a acreditação de serviços brasileiros

·       Criação de grupos de trabalho

·       Fortalecimento do elo entre SBTMO e seus públicos (médicos, membros de equipe multis e pacientes) por meio do gerenciamento de suas comunicações (redes sociais, site e informativo)

·       Posicionamento da SBTMO junto à veículos de grande imprensa, contribuindo para promover a educação da população em geral acerca de temas relacionados ao TMO

·       Criação dos comitês de gerenciadores de dados e de terapia celular

·       Enfrentamento da epidemia da COVID com apoio de nossa assessoria em infectologia (Dra. Clarisse Machado)

·       Ações em prol da regularização do fornecimento de fármacos essenciais ao TMO, como o bussulfano

·       Criação de um departamento de eventos – o “TMO Eventos”

·       Criação da própria Revista Científica da SBTMO: Journal of Bone Marrow Transplantation and Celullar Therapy (JBMTC), pioneira na área em toda América Latina

·       Inserção da terapia celular na nomenclatura da Sociedade, que passou a se chamar Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea, assumindo nova identidade visual

·       Criação do Registro Brasileiro de Transplantes de Medula Óssea em colaboração com o CIBMTR, com apoio do Sistema Nacional de Transplantes (SNT)

Todas estas e outras ações, foram possíveis graças a união de esforços e o espírito de cooperação entre os membros de nossa Sociedade.

Cada vez mais atuante e inclusiva, congregando médicos e profissionais multidisciplinares envolvidos no TMO, para que juntos possamos atentar ao que mais importa e é nossa real razão de existir: nossos pacientes!

Ao longo destes 25 anos, nossas iniciativas foram voltadas em fortalecer e desenvolver o TMO no Brasil, para que fosse possível oferecer as melhores terapêuticas aos nossos pacientes, contribuindo com a mudança de curso de doenças, trazendo qualidade de vida e devolvendo a esperança a cada um deles e seus familiares.

Seguimos com o olhar voltado ao futuro, sempre tendo como nosso norteador as raízes que nos trouxeram até aqui. Somos SBTMO – uma sociedade feita de histórias!

Fonte de informações apresentadas acima: A equipe de comunicação agradece gentilmente as contribuições e memórias dos ex-presidentes: Ricardo Pasquini, Wellington Azevedo, Luis Fernando Bouzas, Lucia Silla, Nelson Hamerschlack e do próximo presidente eleito, Fernando Barroso

Ata de Fundação  – assinada por:

1.   Ricardo Pasquini

2.   Julio Voltarelli

3.   Fani Job

4.   José Carlos Barros

5.   Nelson Hamerschlak

6.   Dante Mario Langhi Jr.

7.   José Getúlio Martins Segalla

8.   Paulo Eduardo de Abreu Machado

9.   Vergilio Antonio R. Colturato

10.Alexandre Mello de Azevedo

11.Celso Mitsushi Massumoto

12.José Salvador Rodrigues e Vieira

13.Waldir Pereira

14.Euripedes Ferreira

15.Angelo Maiolino

16.Luis Fernando da Silva Bouzas

17.Daniel Goldberg Tabak

18.Frederico Luiz Dulley

19.Carmino Antonio de Souza

20.Dalton de Alencar Fischer Chamone

21.Sara T. O. Saad

22.Fernando F. Costa

23.Wellington M. Azevedo

Com apoio do SNT, SBTMO inicia certificação dos centros de transplante que reportam dados ao registro multicêntrico brasileiro de TCTH e CIBMTR

A Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea (SBTMO), com apoio do Sistema Nacional de Transplantes, passa a partir desde mês a certificar os centros de transplante de células-tronco hematopoieticas brasileiros por reportarem dados ao “Registro multicêntrico de Transplantes de Células – Tronco Hematopoéticas (TCTH) autólogos e alogênicos para doenças malignas e não malignas realizados no Brasil e relatados no Center for International Blood and Marrow Transplant Research (CIBMTR)” .

Os 24 primeiros centros a serem certificados são:
• Associação Hospitalar Moinhos de Vento
• Bio Sana’s São Camilo
• Centro de Pesquisas Oncológicas Dr. Alfredo Daura Jorge (CEPON)
• Complexo Hospitalar Niterói
• Fundação Pio XII – Hospital de Amor
• Hospital Amaral Carvalho
• Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
• Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
• Hospital de Clínicas de Porto Alegre
• Hospital Israelita Albert Einstein
• Hospital Leforte Liberdade
• Hospital Samaritano
• Hospital Sírio Libanês
• Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará / HUWC- UFC
• IBCC – Instituto Brasileiro de Controle do Câncer
• Instituto da Criança – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ITACI)
• Instituto de Cardiologia do Distrito Federal – Unidade de TMO Pietro Albuquerque
• Instituto de Oncologia Pediátrica (GRAAC)
• Instituto Nacional de Câncer – INCA
• Natal Hospital Center
• Real e Benemérita Sociedade de Beneficência Portuguesa de São Paulo
• Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
• Universidade Federal de Minas Gerais – Hospital das Clínicas – Serviço de Transplante de Medula Óssea
• Universidade Federal de São Paulo – Hospital São Paulo

Para conferir os resultados provenientes destes registros, acesse https://bit.ly/sbtmo-registro-multi-tcth-dados-2008-2019.
Em breve, novos serviços devem alcançar a certificação. Para saber como fazer parte deste Projeto e ser certificado por reportar dados, entre em contato com o grupo de trabalho de gerenciadores de dados da SBTMO, via e-mail registrobrasileiro@sbtmo.org.br

Apresentamos a você uma nova SBTMO!

SBTMO agora é Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea (SBTMO)

A partir de agora, a “Terapia Celular” passa fazer parte não apenas da nossa prática diária, mas, também, está incorporada ao nosso nome! *Um novo nome*: Sociedade Brasileira de *Terapia Celular* e Transplante de Medula Óssea (SBTMO)

Damos início a um novo tempo, uma nova página em nossa história, que escreveremos sempre tendo como base nossas raízes, nosso DNA, para que possamos nos lembrar dos desafios que vencemos e nos trouxeram até aqui. Seguiremos, sobretudo, com os olhos no presente, pois sabemos que os ensinamentos do hoje nos permitirão evoluir, juntos, em prol das melhores práticas que podemos oferecer ao nosso propósito de existir: nossos pacientes!

O futuro é: TMO + Terapia Celular + Vidas = #TMOJuntos

Agradecemos a todos vocês que contribuíram por meio do voto, em nossa Assembleia Geral de 2020, para que fosse tomada esta importante decisão. #TMOJuntos

Brasil avança na padronização da avaliação da DRM em pacientes com LLA

Conheça os 10 primeiros laboratórios brasileiros a receberem a certificação atestando qualificação de seus processos pelo protocolo Euroflow

Acabam de ser certificados 10 laboratórios de citometria de fluxo integrantes do projeto de padronização multicêntrica de Doença Residual Mínima (DRM) em pacientes com Leucemia Linfoblástica Aguda de linhagem B, uma iniciativa da parceria entre a Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) e a Amgen®.

São eles (em ordem alfabética):

1.   DASA unidade Rio de Janeiro

2.   Laboratório Citometria – Hospital Pequeno Príncipe (Curitiba – PR)

3.   Laboratório de Citometria – Hospital Erasto Gaertner (Curitiba – PR)

4.   Laboratório de Imunofenotipagem N. Sra. Das Graças (Curitiba – PR)

5.   Laboratório de Imunologia do Serviço de Atividades Laboratoriais do CEMO / Inca (RJ)

6.   Laboratório Médico Santa Luzia – Grupo Dasa (Florianópolis – SC)

7.   Sabin Medicina Diagnóstica (Brasília – DF)

8.   Núcleo de Hematologia Oncologia e Transplantes | Oncoclínicas

9.   Serviço de Diagnóstico Laboratorial do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

10. Laboratório de Citometria de Fluxo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP) 

Os dois laboratórios coordenadores, que constituíram a base de referência Euroflow no país, são  o Laboratório de Citometria de Fluxo do Hospital Amaral Carvalho de Jau (SP), sob coordenação da Dra. Maura R V Ikoma Colturato e o do Instituto de Puericultura Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sob coordenação da Prof. Dra Elaine Sobral da Costa.

Após passarem por um período de treinamentos e ajustes técnicos, esses 10 foram os primeiros dentre os 21 laboratórios (públicos e privados) participantes do projeto a obterem a certificação. Esses laboratórios demonstraram rigor técnico na aplicação do protocolo Euroflow para avaliação da Doença Residual Mínima em LLA B, conseguindo ótimo desempenho e comparabilidade de resultados entre si. Um resultado que demonstra que a padronização multicêntrica é possível.

Os resultados do projeto serão publicados e poderão contribuir para as melhores práticas de mais laboratórios de citometria de fluxo.   

Sobre o Projeto DRM-LLApB SBTMO & Amgen®: com 21 laboratórios de citometria de fluxo que assistem aos centros de transplante de medula óssea nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, o projeto teve início em agosto de 2019, com o propósito de promover as melhores práticas de avaliação da DRM. O projeto tem a coordenação da hematologista especialista em citometria de fluxo, Maura R. Valério Ikoma-Colturato, do presidente da SBTMO, Nelson Hamerschlack, e da hematologista e membro da Sociedade, Belinda P. Simões

Para a Dra. Maura, o projeto “contribui para a uniformização da detecção da DRM por citometria de fluxo, o que possibilitará uma melhor avaliação da resposta nas fases críticas do tratamento, pela utilização de método de alta sensibilidade e reprodutibilidade. Isso traz maior segurança para as decisões clínicas em LLA B, incluindo a indicação do transplante de medula óssea (TMO) e ainda para o monitoramento após o mesmo, na medida em que a DRM é fator o prognóstico mais importante de risco de recidiva da doença”.

Desabastecimento de Melfalano

Nota oficial conjunta

ABHH, SBTMO e SOBOPE alertam para o desabastecimento do melfalano no Brasil 

A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) e Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) vem por meio desta nota conjunta tornar pública sua consternação em relação ao desabastecimento do melfalano.

O fármaco está em falta no país e pacientes com mieloma múltiplo que têm indicativo de um transplante de medula óssea já estão sofrendo os impactos. Para se ter uma ideia, segundo o registro da ABTO/RBT, em 2020 foram realizados 1.927 transplantes de medula óssea autólogos, dos quais 70% para mieloma múltiplo, o que equivale a um total de 1349 casos. Com base nos indicadores do último ano, a estimativa da demanda por melfalano seria de 5.396 frascos do medicamento (visto que são utilizadas em média 4 unidades por paciente).

No último dia 17 de março, a empresa responsável pela distribuição do fármaco, a Aspen Pharma, informou em resposta às entidades que o processo de importação estava concluído, e seguia em análise, com “perspectiva de liberação para comercialização na primeira semana de abril, o que ainda não há sinais de que venha a se concretizar”.

Com base nesta expectativa, vimos por meio desta, solicitar publicamente às autoridades regulatórias a liberação imediata do melfalano para que os serviços de transplante de medula óssea possam ser reabastecidos.

Ressaltamos que esta não é a primeira vez que ocorre a falta deste fármaco, o que torna urgente encontrar soluções para que esta situação pare de se repetir, sob pena de colocar em risco a vida dos pacientes que dele necessitam.

São Paulo, 05 de abril de 2021.

Atenciosamente,

Dante Langhi, presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH)

Angelo Maiolino, diretor do Comitê de Acesso a Medicamentos e de Mieloma Múltiplo da ABHH

Nelson Hamerschlak, presidente da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO)

Fernando Barroso, diretor SBTMO e presidente eleito 2021-2024

Cláudio Galvão, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE)